quinta-feira, junho 23, 2011

VIVER DESPENTEADA




Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade…
O mundo é louco, definitivamente louco…
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro. O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia…



- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível…

Então, como sempre, cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado…
mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.

É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora. O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:


Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique seria…

E talvez deveria seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?

Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenho que me sentir bonita…
A pessoa mais bonita que posso ser!

O único que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.


Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:

Entregue-se, Coma coisas gostosas, Beije, Abrace, dance, apaixone-se, relaxe, Viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, Corra, Voe, Cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável. Admire a paisagem, aproveite e acima de tudo, deixa a vida te despentear!!!!

O pior que pode passar é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo...

terça-feira, junho 14, 2011

AMOR DE MÃE!





AS MÃES SABEM... A IMAGEM FALA POR SI...

Supremo Enleio - Florbela Espanca





Quanta mulher no teu passado, quanta!
Tanta sombra em redor! Mas que me importa?
Se delas veio o sonho que conforta,
A sua vinda foi três vezes santa!

Erva do chão que a mão de Deus levanta,
Folhas murchas de rojo à tua porta…
Quando eu for uma pobre coisa morta,
Quanta mulher ainda! Quanta! Quanta!

Mas eu sou a manhã: apago estrelas!
Hás de ver-me, beijar-me em todas elas,
Mesmo na boca da que for mais linda!

E quando a derradeira, enfim, vier,
Nesse corpo vibrante de mulher
Será o meu que hás de encontrar ainda…

Esta não é minha, mas bem que poderia ter sido, pois me descreve exatamente como eu sou... CIUMENTA!

domingo, setembro 28, 2008

AO MEU AMOR






Vejo a pureza dos sonhos,
Sob a branca flor da infância.
Vejo a luz da inocência,
Sob a mágica paciência das fases de uma criança.
E a esperança no teu riso é primavera,
Colorindo as magoadas pedras da indiferença.
Vejo olhos de pureza e displicência.
Os mesmos olhos que abandonam,
São os olhos que acalentam.
Transparecendo a doçura
Da mais ingênua de todas as quimeras.



Avesso


Era um jogo de promessas mal cumpridas.
Fantasias de uma vara de condão.
As promessas foram todas reduzidas.
Ao espanto na imagem da paixão.

Eram sonhos, quase sempre mal sonhados.
Foram noites tão perdidas entre os medos.
E, no escuro, dois amantes acordados.
Esquecendo a verdade dos segredos.

Foram facas, foram dias de tormento.
Era a face da loucura no meu corpo.
E à tua frente, alma nua, me apresento.
Até o dia em que eu esteja morto.

Era a vida me lançando aos teus braços.
Fui à dor a quem foste apresentado.
Eu, calada, aceitava teus abraços.
E traída, ainda queria-te ao meu lado.

É romance o que cito, é decerto.
E é algo que passou e não esqueço.
Mas a vida sem romance é um deserto.
Era amor, mas virado pelo avesso.

sábado, julho 12, 2008

Solidária


Discretos nos teu corpo tão alheio
Os teus olhos solitários lacrimejam de saudade.
E eu desejo imenso cá por dentro.
Tomar da tua mão rumo à felicidade

Teu sorriso, tão seguro,
Vai me afastando, porém.
E o medo da distância
Vai me invadindo, também.

E meu peito sente falta do teu peso.
Sofro lembrar do arrepio frio das tuas palavras.
Tive teu corpo e por preço.
Paguei perdendo a tua alma.

Tenho carinho e orgulho.
Aos que te amam e rodeiam.
E ciúmes, dos que de mansinho,
Tomam-te e te acareiam.

Percebo que, sem querer,
Sentes medo dos meus olhos,
Que escondes teus anseios
Em gestos que me são óbvios.

Eu percebo tuas lágrimas
E teus sorrisos internos.
E ofereço-te meus céus,
Em combate aos teus infernos.
Sanidade e insensatez

Tenho passado dias entre a sanidade e a insensatez
Lembro as frases que dizias:
“A vida é a ilusão em sua plena nudez”
Há tempos vivo sua falta
As horas correm e umas idéias nascem
Enquanto outras morrem.
O evento de morte é mais alto

Hoje a rua está escura
O céu, vestido de nuvens,
Esconde o segredo da cura.

Há mais da tua falta em mim,
Do que em meu corpo há marcas.
E eu tento findar teus poemas incompletos.
Mas meus sentimentos não são os teus.
E eu não sei ser o que eras.

Meus olhos estão cansados
E a minha força morreu.
Tento consolar-me a mim.
Mas não sei ser o que eras.



UM CURTO INSTANTE

Por um curto instante eu te amei...
Tanto, e tão sinceramente, que cheguei a sofrer.
Por um momento, apenas, acreditei ser você.
Meu par perfeito, o meu destino, meu porto seguro...

Doce ilusão, eu sempre digo...
Bastou te enxergar um pouco mais, e a tua luz se ofuscou...

Mas eu te amei tão intensamente
Que esqueci de cobrar o que queria...
E tive medo de te perder, e de não me amares.

Tive medo de agir errado.
Quis te conquistar, mas foi tão curto o nosso tempo,
Que em um instante, me esqueci.
E quis dizer adeus, mas não tive coragem...
E sofri... Desorientada e perdida...

Eu te amei por um segundo.
E me perdi por ti...
Um segundo, apenas,
E quase morri, sufocada,
Em meus sentimentos confusos...

Amei-te por um curto instante,
Mas, arrebatador e momentâneo,
Me fizeste sentir o que muitos amores,
Frágeis e duradouros, desprezaram de mim.

sexta-feira, julho 11, 2008

O SONHO



Será consumado o fato
Suas almas se tocaram
Entre a doçura dos gestos,
Luzes acenderam, luzes apagaram,
Olhares pouco discretos.

E quem precisa de carne?
E quem precisa de corpos?
Peles, hoje tão macias,
Amanhã carinhos mortos.

A pureza que transborda
O delírio que os invade
Entre os sons e as carícias
Só fantasia é verdade.

E quem precisa de provas?
E quem precisa de fatos?
Exatos que nascem hoje.
E amanhã já são inatos.

Ruídos que formam música
Guiando um entre o outro
Em voluptuosas danças
E seus beijos tão insanos
De uma forma tão marcada
A transição de inocências

De já esquecidas crenças
Gestos de amores tamanhos.
Entre um anjo e uma fada.

E acabou.

Acabaram-se os sonhos e as mágicas.
E seguimos, é esse o fim que dá sabor ao meio.
E é assim que se deve ver a vida.
E é assim que deve-se viver o amor.
O começo, o meio, o fim, completando-se...
Como um verso que começa quando acaba,
E que acaba em recomeço.